Opinião de uma criança

Davilson Silva-
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Chico Xavier carinhoso com as crianças,
elas o compreendiam e adoravam estar
ao seu lado, pedindo-lhe os sábios
conselhos que sempre fluíram do seu 
humilde e afetuoso coração.
O confrade Ramiro Gama conta em seu livro, Lindos Casos de Chico Xavier, que a filha de um distinto casal, um dia, resolvera fazer certo pedido, enviando para o querido médium o seu singelo álbum em forma de trevo de quatro folhas. 

Eni, mocinha sensível, inteligente, filha de Jaime Rolemberg e Elza Lima, pediu a Chico que escrevesse nas páginas em branco do álbum algum pensamento. Habituado ao carinho com todas as crianças, Chico logo acolheu a solicitação da jovenzinha, escrevendo:

Eni, minha bondosa irmã, quando o seu afetivo coração estiver em prece não se esqueça de mim, seu irmão, que pede a Jesus por sua felicidade perfeita hoje e sempre. Pedro Leopoldo, 14 de junho de 1954. Chico.

Ao ler a mensagem escrita pelo próprio punho desse verdadeiro amigo de Mestre Jesus, lágrimas ditosas quais pérolas luzentes rolaram-lhe a face para, em seguida, exclamar num gesto de espontaneidade:

— O Chico é uma maravilha!

E comentou Gama, confirmando o tom exclamativo e emocionado da menina:

“E é mesmo, dizemos nós, pois o pensamento acima reflete-lhe a alma cândida e maravilhosa”.

E por sentir a feliz expressão da jovem Eni, o ilustre confrade apôs estes lindos versos nas páginas do álbum além das palavras de Chico:
Eni, que muito promete
Na Doutrina de Jesus, 
Que os Céus concedam a luz 
Ao teu Roteiro Cristão. 
Que no teu Lar sempre sejas 
Elemento de valor, 
A realidade do Amor 
No Templo do coração. 

* * * * *
Palavras de Chico Xavier 

“(...) A sensação que sempre senti, ao escrevê-las [as mensagens psicografadas pelos Espíritos], era a de que vigorosa mão que impulsionava a minha. Doutras vezes, parecia-me ter em frente um volume imaterial, onde eu as lia e copiava; e, doutras, que alguém as ditava aos ouvidos, experimentando sempre no braço, ao psicografá-las, a sensação de fluidos elétricos que o envolvessem, acontecendo o mesmo com o cérebro, que se afigurava invadido por incalculável número de vibrações indefiníveis. Certas vezes, esse estado atingia o auge, e o interessante é que parecia-me haver ficado sem o corpo, não sentindo, por momentos, as menores impressões físicas. É o que experimento, fisicamente, quanto ao fenômeno que se produz frequentemente comigo.” (Declaração de Chico Xavier, extraída da obra Parnaso de Além-Túmulo, no texto referente a: Palavras minhas.) 

“Julgo do meu dever declarar que nunca evoquei quem quer que fosse; essas produções chegaram-me sempre espontaneamente, sem que eu ou os meus companheiros de trabalhos as provocássemos, e jamais se pronunciou, em particular, o nome de qualquer dos comunicantes, em nossas preces. Passavam-se, às vezes, mais de dez dias, sem que se produzisse escrito algum (...).” (Trecho da mesma obra.)

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