“Dons mediúnicos” do Lorde

Davilson Silva-

Chico Xavier e seu inseparável
companheiro, o Pretinho.  
Relata-nos o escritor Ramiro Gama em seu livro, Lindos casos de Chico Xavier, que o inesquecível e bondoso médium de Uberaba, Minas Gerais, teve, ele e seu irmão José, um lindo e curioso cão de nome Lorde. “Um cão diferente de outros cães”, porque possuía até “dons mediúnicos”, segundo Gama. Ao visitarem Chico, Lorde dava a entender que sabia quem era bem ou mal intencionado, se curioso ou do tipo aproveitador. Se alguém aparecesse na residência de Chico, procurando por ele, Lorde latia insistentemente. Às vezes, em silêncio, apenas abanava a cauda, sinalizando se a visita era do bem ou do mal.

Disse o estimado amigo, um dos seus dignos biógrafos, que Chico contava-lhe lindos casos sobre esse cão, e assim, certa vez, expressou-se tristonho, referindo-se à separação do fiel amigo:

Senti-lhe, sobremodo a morte. Fez-me grande falta. Era meu inseparável companheiro de oração. Toda manhã e à noite, em determinada hora, dirigia-me para o quarto para orar. Lorde chegava logo em seguida. Punha as patas sobre a cama, abaixava a cabeça e ficava assim em atitude de recolhimento, orando comigo. Quando eu acabava de orar, ele ia deitar-se em um canto do quarto.

Em minhas preces mais sentidas, Lorde levantava a cabeça e enviava-me olhares meigos, compreensivos, às vezes cheios de lágrimas, como a dizer que me conhecia o íntimo, ligando-se ao meu coração. Desencarnou. Enterrei-o no quintal lá de casa.

No dia em que Chico recordara-se do amigo de cauda e quatro patas, Gama lembrou-se também de outro cão, o Sultão, amigo inseparável de certo sacerdote, o padre Germano, o do livro da célebre escritora espírita espanhola, Amália Domingo Soler. O biógrafo disse ter dado esse mesmo nome a um cão que um dia possuíra, em homenagem ao que pertencia ao padre, e concluiu: “Contou-nos Chico casos do Lorde, contamos-lhe outros do Sultão, e, em pouco, estávamos emocionados. Ah! Sim, os animais também têm alma e valem pelos melhores amigos!”

* * * * *
Palavras de Chico Xavier 

“Graças a Deus, estou passando muito bem e, tanto quanto possível, trabalhando em casa, no meu quarto, em companhia do meu público, os dois cachorrinhos, que, qual me acontece, gostam de música e ouvem com atenção os textos que considero bonitos e instrutivos. Muitos amigos me perguntam por que não me encontram nas ruas e digo a eles que estou agindo em casa mesmo, mas não me refiro aos cachorrinhos porque, provavelmente, não me compreenderiam.” (Do livro Chico Xavier, mediunidade e vida, de Carlos Baccelli.)

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