Exímio bailarino

Davilson Silva-

Segundo uma das narrativas do livro: Nosso Amigo Chico Xavier, de autoria de Luciano Napoleão da Costa e Silva, o autor conta que houve um tempo em que o médium se confessava exausto devido à “pesada tarefa a ele imposta”, consoante ele próprio. Ao mostrar-se inquieto por não saber se daria conta do delicado trabalho no campo da incomparável e abençoada mediunidade, sabendo da insegurança dele, o seu Guia Espiritual, o Espírito Emmanuel, contou-lhe a seguinte história:

Era uma vez um dono de um circo, senhor muito correto, honesto, porém enérgico, cuja principal atração era exibir animais domésticos amestrados. Naturalmente, como em todo circo itinerante, ao acabar de montar lona numa dessas cidadezinhas de interior, logo um homem o procurou para lhe fazer uma proposta. Assim que soube quem era, o homem dirigiu-se a ele determinado em seu propósito.

O homem apresentou-se ao dono do circo dizendo-se empresário de um animal amestrado por ele mesmo, um exímio bailarino”, e o ofereceu a fim de que fosse incluído no espetáculo. O dono do circo, lógico, exigiu-lhe uma demonstração-teste. O empresário e amestrador trouxe então o tal “bailarino” para o teste, curiosa ave anseriforme, anatídea (Anser domesticus), ou seja, um ganso!  

Ao tomar de uma chapa de ferro, montou-a em cima de um pequeno estrado e aí colocou o ganso imóvel e atônito ante a pequena improvisada platéia ao seu redor. Para surpresa de todos, o bailarino de penas começou a dar alguns pulinhos, aumentando o ritmo. Ora dançava com uma pata, ora com a outra, e cada vez mais eufórico, ao som de um rock, ele parecia mais pular desesperadamente corda que dançar... 

O dono do circo, bastante surpreso, resolveu se aproximar do ganso, logo compreendendo o motivo daquela cena impressionante. Tudo não passara de um reles truque: o homem tinha colocado pedaços de lenha miúda debaixo da chapa e, sem que ninguém percebesse, atiçava fogo por baixo. À medida que a chapa aquecia, a coitada da ave, é claro,“ dançava” daquele jeito para não queimar as patas...

Chico achou engraçada essa história contada por Emmanuel que em aditamento disse: “Você tem que fazer igual ao ganso, Chico!” Daí, o bondoso médium nunca mais se queixar de cansaço e pôr-se inquieto com o volume de tarefas. Em eventuais entrevistas, dizia sempre não sentir fadiga alguma no exercício do seu mediunato.

Concluindo, o ilustre biógrafo e amigo pessoal do médium espírita escreveu: “Também pudera! Com a chapa que Emmanuel colocou debaixo de seus pés, mais o fogo, ele vai ficar pulando o resto da vida a cumprir a sua missão”. 

* * * * *
Palavras de Chico Xavier

“Certa vez, fitando centenas de pessoas que estavam em nosso grupo, numa noite de sábado, perguntei a mim mesmo, em pensamento: 'Que fazer, meu Deus?' Ouvi a voz do Dr. Bezerra, rente aos meus ouvidos: 'E o Cristo disse: tenho compaixão da multidão...' Percebi que ele queria dizer que era preciso aprender a amar a todos, os justos e os injustos, os felizes e os infelizes, os bons e os que são ainda maus.” (Do livro Chico Xavier, mediunidade e vida, de Carlos A. Bacelli.)

CLIQUE NESTE LINK E ENCONTRE EMBAIXO A CAIXA DE TEXTO "POSTAR UM COMENTÁRIO"

No comments :

Post a Comment