Mulher faz cesariana depois de morta

Davilson Silva-

Comenta Carlos Bacelli em uma de suas obras, Chico Xavier, Mediunidade e Vida, que as comunicações dadas através de Chico eram em geral do tipo mensagens familiares. Mensagens significativas, consoladoras, narravam particularidades entre remetentes desencarnados e destinatários encarnados.

Chico Xavier psicografando, 
foto do livro Mediunidade e Vida.

Cada caso, completamente desconhecido do médium, era confirmado por familiares dos missivistas do Além, sem jamais deixar dúvida quanto a nomes, sobrenomes e outros pormenores. Em plena atividade, os chamados “mortos” davam notícias de antepassados recentes e remotos, de pessoas amigas e conhecidos, todos encontrados no Mundo Espiritual, afora a narrativa de obstáculos que cada um teve durante e depois do passamento.

Nem sempre os relatos vindos da existência espiritual foram de cunho consolador. Conforme o supracitado título, o biógrafo Bacelli conta curioso acontecimento a respeito de um “parto cesariana”, o primeiro de que se tem notícia depois da morte. Segundo palavras suas, um caso que encerra algo de novo aos estudiosos das coisas do Além:

No dia 16 de dezembro de 1975, viajava de carro com seu esposo, Sr. Valdir Gregh, e as suas duas filhas, Ana Paula e Alessandra, a Sra. Maria das Graças Gregh, que, grávida, estava às vésperas de dar à luz. A família inteira, colhida por um caminhão que transportava refrigerante, desencarnou. O fato consternou as cidades paulistas de Jardinópolis, presidente Prudente e localidades vizinhas.

[...] Em uma de suas mensagens, endereçadas à mãe, Da. Leonor Teixeira Ayres, e transmitida na noite de 17 de maio de 1979, o espírito Maria das Graças Ayres Gregh fez uma importante “revelação”. Dava notícias do esposo, das duas filhinhas e... do Gregh Júnior! Sim, eis parte do seu impressionante depoimento: 

Foi um sono indescritível porque me vi como num pesadelo, arrastada para fora de um turbilhão de destroços e acomodada em grande maca, na ideia de que continuava em meu corpo físico, a caminho de um hospital. Por mais estranho que possa parecer, o meu pesadelo-realidade era feito de impressões e dores condicionadas de um parto prematuro. Achava-me dopada por medicamentos ou forças que até hoje não sei explicar e senti perfeitamente que uma cesariana se processava.

Sentia-me fora do desastre, entre o reconforto de ser mãe novamente e a dor da dúvida sobre o Valdir e sobre as crianças que ficavam na retaguarda. Depois disso, veio o sono de verdade, do qual acordei perplexa, perguntando pelos meus. A criança repousava junto de mim.

Mais adiante, ela considera: Chamo Júnior, o caçula que se me desgarrou do seio aqui, na vida espiritual. [Aspas e grifos são do próprio Bacelli.]

* * * * *

Palavras de Chico Xavier 

“(...) Não podemos ainda ter outra definição de Deus mais alta do que aquela de Jesus Cristo quando o chamou de Pai Nosso.” (Do livro: Chico Xavier, Mediunidade e Coração, de Carlos Bacelli.)

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