Correio do Além-Túmulo ― Mensagem de Fernando Querin Sichetti (1)

Davilson Silva-

Fernando Querin Sichetti
Querida Mãezinha Luíza:

Associando meu pai à nossa alegria desta hora, peço a Deus nos abençoe.

Estou escrevendo este comunicado, para dizer ao seu coração querido que o tempo não me altera os sentimentos. Sou o seu filho sempre vinculado à sua alma querida.

A criatura pode ter muitas amizades e ligações, no entanto, Mãe é uma só. Não julgue que a minha ausência de notícias se deva a qualquer descaso meu.

Acontece que vivemos, na Vida Espiritual, num sistema de vibrações diferentes, e apenas sabemos que isto ocorre, através das leis de Deus, que examinam a existência de cada pessoa, dando-lhe uma espécie de trabalho. As surpresas são muitas, porque cada um é compelido a receber o contrário ou a continuidade da vida que experimentou, ou a que se deu na Terra.

Mas não venho até aqui para isto. Estudos existem que nos defrontam, quer queiramos ou não, no Plano Espiritual.

Estou aqui a fim de dizer-lhe que estamos sempre juntos pelo sem-fio do pensamento. Continuo recebendo a assistência da vó Clotilde e do avô Antônio. [1] Tenho uma vida de estudos que são os meus primeiros deveres de cada dia, com vistas ao futuro, quando integrarei equipes de trabalho de maior responsabilidade.

Da existência física, ficou escasso material em minha memória; entretanto, posso afirmar-lhe que a sua preciosa vida e o amor de meu pai e das irmãs continuam por dentro de mim.

A vida aqui é muito semelhante à nossa na Terra: os que nascem ou renascem no mundo começam uma luta de tal modo intensa para a conservação de si mesmos, que as recordações da Grande Espiritualidade de que procedem se esbatem e quase desaparecem. Isso não chega ao total desinteresse, por exemplo das minhas irmãs Cláudia e Flávia, [2] irmãzinhas que estão sempre comigo em pensamento, e me serão sempre queridas.

Agradeço, muito contente, as suas recordações de mãe que me calam no espírito, com a brandura de sempre. Sei que tenho um coração de mãe a velar por mim, e isso é muito importante porque representa um grande estímulo para o trabalho que me compete.

Digo assim, porquanto aqui o estudo é trabalho árduo que dá para cansar. Comparo o que vi no mundo e vejo a diferença. Aí, a pessoa que estuda observa por demais o exterior de cada componente desse ou daquele material, mas não se interessa pelas minudências. Aqui somos induzidos a observar os porquês disso ou daquilo, e isso nos exige o máximo de atenção.

Um botânico, para ilustrar os nosso conceitos, estudará uma árvore pelas características externas, mas, aqui, ele será obrigado a ver o que há na intimidade do tronco e a quantidade de seiva que mantém a vida de cada folha.

Nos domínios da psicologia, um rapaz vê certa jovem e poderão ambos trocar ideias, mas se quiserem sustentar uma afeição a longo prazo, são impelidos a conhecerem o próprio íntimo, verificando se desejam as mesmas realizações, se combinam nas irradiações que emitem, se procuram trabalhar com essas finalidades e, não se unem, se houver qualquer diversidade nos modos de pensar, ou nos objetivos por atingir... (Continua na próxima publicação.)
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Detalhes básicos a respeito do comunicante

- Data da morte, local, motivo e outras informações ― faleceu em grave acidente de automóvel, quando cursava o 2.o Ano do Colégio Objetivo.

Pai e mãe ― Laurentino Roque Sichetti e Luíza Querim Sichetti.

- Data de nascimento ― 30 de setembro de 1964.

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Parentes e amigos, etc., falecidos o não, citados na mensagem

1 - Avó Clotilde e avô Antônio ― a avó materna, falecida em 4 de maio de 1979, e o bisavô paterno falecido em 28 de agosto de 1944.  

2 - Cláudia e Flávia ― as irmãs de Fernando.

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CÂNDIDO XAVIER, Francisco. Dádivas espirituais, espíritos diversos. 00. ed. Araras: Instituto de Difusão Espírita, 1994. 

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Como se processava 

Chico Xavier, médium 
psicógrafo de segurança 
e precisão
Uma vez reconhecido o Espírito comunicante pelo modo de pensar, de escrever, pela caligrafia e assinatura, familiares, especialmente mãe e pai, confirmavam-lhe a autenticidade, inclusive confirmavam nomes de parentes falecidos, desde há muito tempo ou não, assim como nomes dos não-falecidos, isto é, os que o comunicante deixara no plano dos encarnados, todos referidos com absoluta exatidão. Intimidades domésticas, o conjunto mesmo de circunstâncias de que só os mais chegados têm conhecimento, como o desta mensagem, confirmavam-nas. Vale dizer que essas e outras particularidades eram completa e comprovadamente desconhecidas de Chico Xavier, cercado de centenas, de milhares de pessoas desconhecidas, vindas de diferentes lugares do país e até do exterior. Ele jamais exigia coisa alguma de quem quer que seja; sequer insinuava receber recompensa, obter algum tipo de reconhecimento, tampouco desejou fazer promoção de si próprio pela caridade espírita que prestava aos sofridos corações maternos. Uma pessoa amiga, o médico e biógrafo de suas obras, Elias Barbosa, falecido em 2011, por amor à causa da Doutrina dos Espíritos e a ele, Chico, é que saía em busca de confirmações do conteúdo das mensagens, daí vários livros sobre esse magnífico e amoroso trabalho. Vale dizer ainda que mensagens psicografadas pela mediunidade de Chico foram, durante treze anos, pesquisadas por um criminologista credenciado pelo Poder Judiciário, o professor Carlos Augusto Perandrea, de Curitiba, Paraná. Perandrea comprovou cientificamente, à luz da Grafologia, a autenticidade dos textos psicografados, recolhendo todo o material possível, escrito pelos falecidos, ou desencarnados, quando do tempo em que estavam neste mundo, o que motivou o cientista forense a escrever o livro: A Psicografia à Luz da Grafologia.

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Palavras de Chico Xavier

“Bendita a nossa Doutrina de Paz e Amor que nos permite a felicidade do serviço constante.” (Chico Xavier, Mediunidade e Vida, Carlos A. Bacelli.) 

“Um livro de paz e fraternidade, compreensão e fé, segundo o nosso Caro Emmanuel, é sempre uma coleção de sementes de renovação e esperança que se entrega ao solo mental do mundo.” (Idem, ibidem.) 

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