Chico, a própria pureza!

Davilson Silva-

O jornalista, escritor
e dramaturgo Pedro Bloch.
Chico Xavier jamais se sentiu “dono de si mesmo”. Segundo um amigo e um dos seus biógrafos, Fred Jorge, Chico não era um homem comum. “Chico é a própria pureza”, declarou. Ele vivia a pensar no bem-estar do próximo.

Os que tiveram ensejo de conhecê-lo de perto, consideravam-no, mais que amigo, um irmão. Aliás, não apenas irmão para os mais íntimos — um irmão de todos! Para os que nele fossem buscar alívio, mitigar a sede de consolo, jamais os discriminava, acolhendo-os com um sentimento de admirável júbilo e carinho. Chico possuía um profundo sentido de fraternidade.

Essa figura humana tão querida por todos os brasileiros nunca se queixou, nem falou mal de ninguém, de nada, sequer de suas dores. Chico nunca condenou os que seguem esta ou aquela religião, ou aquela seita, ou criticou aqueles que nem crença religiosa têm, apesar das difamações e ofensas dirigidas a ele e ao Espiritismo. Diga-se a propósito, respeitável intelectual brasileiro, Pedro Bloch, disse sobre as difamações endereçadas ao médium: “Sobre a pureza de Chico Xavier, só quero dizer que muita gente o considera um embusteiro. Mas que divino embusteiro não deve ser para viver toda aquela vida de humildade e renúncia!”

Chico evitava aparecer, jamais alardeava  todo o bem que fazia
Ao elogiarem a sua obra social, principalmente redarguia: “Não fiz nada! Eles é que fazem tudo”; isto é, “eles”, os voluntários, quando dos velhos tempos da Comunhão Espírita Cristã. Lá eram atendidas cerca de 800 crianças e adultos muito pobres que tomavam a substanciosa e gostosa sopa, amorosamente preparada. Chico jamais aparecia nesses momentos, era discreto, e nunca se preocupou em se mostrar na mídia, nunca enviou release a redação de jornais, de revistas, de emissoras de rádio e de TV a fim de alardear o bem que fazia ao próximo.

Não que os espíritas abominem a política, o ato de votar. Em épocas de eleições, por exemplo, Chico, sendo quem era, jamais fez conluio para fins políticos, sugeriu a amigos, a admiradores, a seguidores predileção por certos candidatos, sequer deu a entender preferência por esta ou aquela sigla partidária; se ele aprovava algum partido, preferia algum político, guardava-o para si. Em proveito próprio ou por algum outro motivo, ele nunca associou a sua crença, a sua fama à atividade política.

Certa feita, uma autoridade eclesiástica afirmou que Chico “não passava de produto da imprensa”... Durante uma reportagem sobre o médium, em Uberaba, MG, feita pela TV Manchete (hoje Rede TV), o jornalista Ronaldo Rosas aproveitou para refutar a apreciação do vigário. Ao desmentir o membro do clero, o apresentador da reportagem disse que a imprensa, sim, é que ia ao encontro do médium, por sinal, sendo sempre muito bem recebida em clima de mútuo respeito.

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Palavras de Chico Xavier

“A meu ver, não temos qualquer mensagem maior que o convite à divulgação e ao conhecimento da Doutrina Espírita, vivendo-a com Jesus, interpretada por Allan Kardec.”

“Toda vez que nós desejamos algo de alguém, ou que o nosso amor pede algo de alguém, ele tem sempre matizes de egoísmo.”

“Todas as pessoas que recorrem à oração estão de um poder cuja extensão, por enquanto, na Terra, não conseguimos avaliar.”

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